sábado, 10 de novembro de 2012

A Conspiração dos Inimigos contra Neemias -


INTRODUÇÃO:

Os inimigos da obra de Deus tudo farão para impedir a expansão do Seu reino. Hoje atentaremos para a conspiração dos inimigos contra Neemias. A princípio destacaremos as estratégias do inimigo a fim de atrasar o avanço da obra. Em seguida, analisaremos a trama dos inimigos para atingir Neemias, já que esse estava em posição de liderança na condução dos trabalhos. Por fim, apontaremos as convicções do servo do Senhor que fizeram diferença diante das ameaças dos inimigos.
1. AS ESTRATÉGIAS DOS INIMIGOS
Os inimigos não dão trégua e tentam de várias maneiras atrapalharem o desenvolvimento da obra de Deus. Neemias passou por várias afrontas dos seus opositores: desagrado (Ne. 2.10), zombaria (Ne. 2.19), escárnio (Ne. 4.1), humilhação (Ne. 4.2), chacota (Ne. 4.3), confusão (Ne. 4.8), violência (Ne. 4.11) e boatos (Ne. 4.12). Eles recorreram a diversas estratégias no intuito de dificultar o progresso da obra, dentre elas destacamos: 1) a distração - como as portas ainda não havia sido postas no devido lugar, os adversários tentaram retirar os obreiros do foco sobre a tarefa a ser desenvolvida (Ne. 6.1); 2) a negociação - quando os opositores não conseguem êxito em sua empreitada contra os servos de Deus, eles buscam barganhar, com vistas a tirarem alguma vantagem (Ne. 6.2); 3) a maldade - os adversários queriam conduzir Neemias para um local distante, fora da zona de segurança, com essa proposta pretendiam mata-lo (Ne. 6.2); 4) o cansaço - os inimigos não desistem, a insistência visa levar os servos de Deus ao cansaço (Ne. 6.4); 5) a boataria - os opositores da obra de Deus recorrem a essa estratégias; por meio do falso testemunho querem denegrir a imagem da liderança (Ne. 6.4-7); 6) a chantagem - através de tais recursos os adversários pretendem demonstrar aos servos de Deus que não há saída, que eles estão encurralados (Ne. 6.7); e 7) o medo - os adversários sabem que o temor pode fazer com que as pessoas fiquem paralisadas, por isso, tentam amedrontar os servos de Deus (Ne. 6.9). Essas estratégias utilizadas pelos inimigos da obra de Deus nos tempos de Neemias ainda se repetem nos dias atuais. Através dos recursos da mídia, ou de aparatos jurídicos, os opositores do Reino de Cristo tentam intimidar os que servem ao Senhor.
2. AS CONSPIRAÇÕES DOS INIMIGOS
Os inimigos da obra de Deus conspiraram contra Neemias, eles arquitetaram um plano para aniquilá-lo. O desejo deles era o de sequestrar o servo do Senhor, por isso queriam conduzi-lo para uma das aldeias da planície de Ono. Tratava-se de um lugar que ficava entre Samaria e Jerusalém, a meta dos adversários era destruir aquele que era o principal representante na reconstrução da obra de Deus. Lutero, o reformador protestante, também passou por situações semelhantes diante do poder religioso. Os líderes da igreja oficial, aliados às forças políticas da sua época tentaram sequestra-lo a fim de que a reforma fosse abortada. As autoridades contrárias ao controle papal foram usadas por Deus para proteger o reformador. Por isso, antes de uma emboscada com o intuito de mata-lo, preservaram a sua vida, e levaram-no a um lugar seguro, onde conclui a tradução da Bíblia para o alemão. Neemias revelou ser um homem resoluto, ele sabia que estava investido de uma grande responsabilidade, por isso não se deixou levar pelas distrações dos inimigos (Ne. 6.3). Ele estava convicto do seu chamado para aquele ministério, por esse motivo, mesmo com a insistência dos opositores, Neemias se mostrou inflexível. Nem mesmo as falsas acusações do inimigo foram capazes de tirar o servo do Senhor do seu alvo. Em resposta a intimidação dos adversários, Neemias se mostrou confiante em Deus. Ele sabia que o Senhor é soberano (Ne. 1.5; 2.4,20), sábio (Ne. 2.12), poderoso (Ne. 4.14,20), misericordioso (Ne. 9.17), compassivo (Ne. 9.19) generoso (Ne. 9.19) e paciente (Ne. 4.14,20). Quando conhecemos nosso Deus não temos motivos para temer. A confiança no Senhor é fortalecida através da oração, por essa razão, Neemias está sempre se dirigindo ao Deus de Israel (Ne. 6.14). A ausência de oração na vida do líder, e de todo cristão, faz com que ele veja os inimigos e os problemas maiores do que eles realmente são.
3. CONVICÇÃO DIANTE DOS INIMIGOS
O êxito de Neemias durante o período de reconstrução dos muros de Jerusalém, mesmo diante das conspirações dos inimigos, é resultado das suas convicções. Paulo, ao escrever ao jovem Timóteo, revelou-lhe que sabia em quem havia crido (II Tm. 1.12). Os discípulos não se intimidaram com as afrontas das autoridades religiosas. Eles sabiam que Jesus havia ressuscitado dos mortos, por isso testemunhavam do evangelho com ousadia (At. 4.29-37). Sem convicções firmes na Palavra de Deus, o líder cristão acaba se tornando presa fácil dos inimigos. Neemias era um homem de fé, por isso ele priorizou a revitalização do culto ao Senhor (Ne. 7.1). Em alguns contextos evangélicos, a Palavra de Deus está sendo relegada a segundo plano. Há líderes cujos interesses não se coadunam com os princípios escriturísticos, estão preocupados apenas com a obtenção de poder e riqueza, ainda que, para tanto, subvertam a doutrina bíblica. Um líder convicto da sua fé em Deus não faz aliança com indivíduos que comprometam sua idoneidade cristã. Neemias procurou se aproximar de pessoas que o ajudassem e que fortalecessem o projeto de Deus (Ne. 7.2). Mesmo confiando no Deus de Israel, Neemias não fez pouco caso dos perigos que precisava enfrentar (Ne. 7.3), por esse motivo ele planejou a execução de tarefas que protegessem o povo de Deus (Ne. 7.4). É admirável, e serve de inspiração para todo cristão, a capacidade de Neemias de sacramentar cada uma das suas atitudes. Qualquer responsabilidade desempenhada na reconstrução dos muros era motivo de oração, em tudo se buscava a direção divina (Ne. 7.5). Os princípios bíblicos não podiam ser descartados, o planejamento não teria efeito se não fosse executado de acordo com os parâmetros estabelecidos por Deus em Sua palavra (Ne. 7.61-65). A ganância e o materialismo, que se constituem um problema para os cristão deste tempo, foram atacados por Neemias, ao invés de incentivar a prosperidade individual ele estimulou o povo a exercitar a generosidade (Ne. 7.66-73).
CONCLUSÃO:
A conspiração dos inimigos contra a obra de Deus é constante, esse é o motivo do povo de Deus permanecer atento, exercitando o discernimento espiritual (Ne. 6.2), a fim de identificar a relevância do serviço que estamos desempenhado, não especificamente para homens, mas para Deus (Ne. 6.3). Diante das ameaça, é preciso ter cautela, não se adiantar e demonstrar prudência espiritual, não falar mais do que necessário e permanecer firme nos propósitos estabelecidos pelo Senhor (Ne. 6.4). Se assim agirmos, demonstraremos integridade espiritual diante das afrontas do Inimigo, a convicção no que cremos, com base na Palavra de Deus, e a prática da oração serão fundamentais para resistir as tramas dos adversários (Ne. 6.6-8).
BIBLIOGRAFIA
BROWN, R. The message of Nehemiah. Downer Grove: IVP, 1998.
LOPES, H. D. Neemias. São Paulo: Hagnos, 2006.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Quem São os Filhos de Abraão?
Os muçulmanos, com aproximadamente 1,3 bilhões de adeptos, são encontrados em centenas de grupos étnicos diferentes ao redor do mundo e, possivelmente, três quarto das pessoas do mundo muçulmano não possuem antecedentes árabes. Contudo, o estilo de vida e cultura árabe de Maomé influenciou profundamente o islamismo.
A herança bíblica árabe é geralmente esquecida ou desconhecida por muitos. Talvez saibamos que Ismael se tornou um príncipe árabe e o fundador de muitas tribos árabes, porém, nosso conhecimento sobre a herança bíblica árabe é superficial.
Abraão é o pai de todos os que crêem. De acordo com as promessas de Deus, cada um é bendito ou maldito, dependendo da sua relação com o pai da fé. Ao longo da história, cristãos, judeus e muçulmanos buscam ostentar seu vínculo com o pai da fé.
A Bíblia é uma grande fonte de informações a respeito das genealogias árabes. E os árabes são um povo semita (descendentes de Sem), tanto quanto os judeus (Gn 10.21-32).
Segundo algumas fontes de pesquisa, existem, no mínimo, três tipos de árabes no Oriente Médio: os jotanianos (da linhagem de Jotão, filho de Gideão), os ismaelitas (da união de Abraão com Hagar) e os queturaítas (da união de Abraão com Quetura).
Todos querem pertencer à família de Abraão. Mas todos os árabes são descendentes de Ismael? Quem são os verdadeiros filhos de Abraão? Os árabes que afirmam ser descendentes de Abraão por meio de Ismael também estão incluídos nas promessas de bênçãos?
Vejamos o que a Bíblia diz.
A família de Abraão
Não podemos subestimar a importância de Abraão para as três grandes religiões monoteístas do mundo. Jesus era chamado “filho de Davi, filho de Abraão” (Mt 1.1). O Alcorão menciona Maomé como alguém achegado a Abraão (Surata 3.68).
Deus chamou Abraão para sair de sua terra, dos seus parentes e dos seus pais, para uma terra que ele não tinha idéia de onde seria. E o prêmio da obediência, as bênçãos, seria endereçado a ele e a todas as nações da terra (Gn 12.1-3). A bênção ou a maldição dos povos dependia da posição que Abraão tomasse. A porta da restauração da humanidade perdida foi aberta com o “sim” dado pelo profeta a Deus.
Foi difícil para Abraão meditar sobre a bênção aos seus descendentes, visto que ele e sua esposa estavam idosos e, aos do patriarca, a possibilidade de ter um filho tinha se esgotado. Deus disse que seu filho seria o herdeiro, porém, a paciência de Sara se esgotou primeiro e, “tentando ajudar a Deus”, pediu a Abraão para tomar a serva egípcia Hagar para que a descendência de Abraão fosse iniciada (Gn 16.2). Abraão, que tinha 86 anos de idade, teve um momento de fraqueza, chegando a ponto de concordar que realmente deveria “fazer alguma coisa” para que a promessa de Deus se cumprisse.
Obviamente, esse “não” era o caminho que Deus planejara para dar uma descendência numerosa a Abraão. Imediatamente, começaram os problemas. Sara, a legítima esposa, passou a ser desprezada aos olhos de sua serva Hagar quando esta constatou a gravidez. Sara, então, culpa Abraão, que se isenta da responsabilidade deixando a escrava nas mãos de sua esposa que, por sua vez, maltrata tanto a escrava que Hagar decide fugir para o deserto com o filho.
Com a fuga da escrava, parecia que a história tinha se encerrado, mas Deus não abandonaria Hagar. Ele a amava e também a seu filho. O amor de Deus socorre Hagar no deserto. Um anjo é enviado para ajudá-la e convencê-la a voltar para as tendas de Abraão. Deus dá um nome para o filho da escrava: Ismael, que significa “Deus ouve”. Realmente, Deus ouviu o choro de Hagar!
A escrava obedeceu a Deus e voltou para sua senhora, permitindo que Abraão vivesse ao lado de Ismael. Enquanto o menino crescia, Abraão se alegrava, crendo que a promessa de Deus se cumpriria por intermédio daquele menino, porém, a surpresa bateu à porta daquela família. O filho da promessa ainda estava por vir e não seria filho de uma escrava, mas da própria Sara, ainda que, fisiologicamente, fosse algo impossível. Deus não tinha se esquecido da promessa. Nasceu Isaque e, agora, Ismael tinha um rival. Apesar de Isaque ser o filho prometido, isso não diminuía a tremenda bênção sobre Ismael. Ismael deveria ser abençoado, ser frutífero, multiplicar-se, não apenas de maneira normal, mas “extraordinariamente”. Ele seria pai de doze príncipes e não se tornaria apenas uma nação, mas “uma grande nação”.
A descendência de Ismael
Assim como houve doze patriarcas em Israel e doze filhos de Naor (Gn 22.20), assim também Ismael, considerado por muitos o patriarca dos árabes, gerou doze príncipes árabes.
Uma característica marcante na vida de Ismael era que ele seria como um “homem bravo” (ACF), “jumento selvagem” (NVI) (Gn 16.12). Ismael haveria de ser forte, selvagem e livre, e de trato difícil, desprezando a vida na cidade e amando sua liberdade a ponto de não ser capaz de viver com ninguém, nem com seus próprios parentes.
Ismael não desapareceu das páginas da história sagrada e muito menos ficou sem bênção, meramente por não pertencer à linhagem de Israel. Deus tinha um lugar e um destino reservados para ele. O Messias, da linhagem de Isaque, também seria o Salvador dos demais descendentes de Abraão e de todas as famílias da terra. Entretanto, os descendentes de Ismael se tornaram inimigos ferrenhos de Israel, descendentes de Isaque (Sl 83.1-18). E permanecem assim até os dias de hoje.
A Bíblia cita os doze filhos de Ismael e afirma que seus descendentes se estabeleceram na região que vai de Hávila a Sur (região Leste do Egito e região Norte do deserto de Sinai), na direção de quem vai para Assur (Assíria, região Norte do Iraque). Abraão habitou por um tempo nessa região. Foi também a habitação dos amalequitas e de outras tribos nômades (Gn 25.18; 1Sm 15.7; 27.8). Além da Bíblia, os assentamentos, como, por exemplo, os de Quedar, Tema, Dumá e Nebaiote também são conhecidos, há mais de dois milênios.
Nebaiote, o filho mais velho de Ismael, que, em hebraico, significa “frutificação”, era chefe tribal árabe (1Cr 1.29). Sua descendência continuou a ser conhecida por esse nome (Gn 17.20; 25.16). Uma curiosidade histórica é o fato de que a terra de Esaú ou Edom finalmente caiu sob o controle da posteridade de Nebaiote. Esse clã árabe era vizinho do povo de Quedar. Ambos os nomes aparecem nos registros de Assurbanipal, rei da Assíria (669-626 a.C.). Embora alguns estudiosos rejeitem a idéia, possivelmente eles foram os antepassados dos nabateus.
Os nabateus eram um povo árabe cujo reino se expandiu, no passado, até Damasco, capital da Síria, um país árabe. Perto do século 4o a.C., eles estavam firmemente estabelecidos em Petra, que atualmente é um sítio arqueológico, com ruínas e construções magníficas, localizado na Jordânia, que também é um país árabe.
Quedar, o segundo filho de Ismael, em hebraico significa “poderoso”. Alguns estudiosos dizem que essa palavra significa “negro” ou “moreno”, uma referência aos efeitos da radiação solar na pele das pessoas que habitam os desertos quentes do Sul da Arábia, onde vivem os beduínos. O interessante é que, no livro de Cantares de Salomão (1.5), a esposa diz que “é morena como as tendas de Quedar”. No Antigo Testamento, o termo Quedar é usado genericamente para indicar as tribos árabes — beduínos (Ct 1.5; Is 21.16,17; 42.11; 60.7; Jr 2.10; Ez 27.21). No Salmo 120.5, Quedar e Meseque se referem, metaforicamente, a certas tribos bárbaras. Eram negociantes, numerosos em rebanhos e camelos. Alguns deles eram ferozes e temidos guerreiros. Jeremias predisse o julgamento de Quedar, dando a entender que seria destruído por Nabucodonosor (Jr 49.28,29). Após serem destruídos parcialmente por Nabucodonosor e Assurbanipal, eles diminuíram em números e em riquezas e se dissolveram em outras tribos árabes. Os estudiosos muçulmanos, ao reconstruírem a genealogia de Maomé, fazem-no descendente de Abraão, de Ismael, por meio de Quedar. Sam Shamoun, apologista cristão, nega que Maomé seja descendente direto de Ismael, baseado em pesquisas geográficas e étnicas.
Em face de tudo isso, parece claro que a descendência de Ismael apresentou traços culturais, raciais e lingüísticos com algumas linhagens árabes existentes nos dias de hoje. Além disso, as próprias evidências históricas fortalecem a idéia de que os árabes são descendentes de Ismael, mas isso não significa afirmar que a totalidade dos árabes é descendente de Ismael.
Outras descendências
Descendentes de Jotão
Alguns árabes se referem a si mesmos como descendentes de Jotão (os árabes lhe chamam de Kahtan) e uma das tribos mais famosas que descendiam dele era Sabá, da qual os descendentes fundaram o reino de Sabá, no Iêmen, incluindo a renomada rainha de Sabá (chamada pelos árabes de Bilquis). A visita dessa rainha a Jerusalém, durante reinado de Salomão, é um exemplo de como o povo de Deus teve influência das “arábias”, mesmo nos tempos do Antigo Testamento. Salomão escreveu um dos salmos messiânicos (Sl 72), parcialmente, tendo Sabá em mente (veja os versículos 10 e 15). Jesus falou positivamente sobre a rainha de Sabá (Mt 12.42).
Aparentemente, pelo menos algumas das tribos semíticas adoravam o Deus de Sem, mesmo sem conhecê-lo inteiramente.
Descendentes de Ló
No final do capítulo 19 de Gênesis, observamos o aparecimento de duas linhas genealógicas, os moabitas e os amonitas.
Os moabitas foram descendentes de Ló e sua filha mais velha (Gn 19.30-37). Eles eram arrogantes e inimigos de Israel, mas Deus estava, mais uma vez, usando os babilônios como medida disciplinadora. Isaías (Capítulos15 e 16) e Jeremias (Capítulo 28) predisseram a queda de Moabe e a redução de um povo arrogante a um povo débil. Os moabitas viveram em sítios vizinhos aos seus irmãos amonitas.
Os amonitas eram descendentes de Amon, filho mais novo de Ló (Gn 19.38) e da sua filha mais jovem. Em Juízes 3.13, lemos que esse povo se mostrou hostil para com Israel. Uniu-se em ataque combinado a Israel com outros adversários do povo de Deus. A capital deles era Rabá. Posteriormente, essa cidade tomou o nome de Filadélfia, em honra a Ptolomeu Filadelfo. Atualmente, chama-se Aman, capital da Jordânia. A língua deles era semítica. Hoje, todas aquelas regiões são árabes.4 A raça amonita desapareceu misturada com outras raças semitas.
Embora não seja possível afirmar com precisão, podemos supor, juntamente com muitos estudiosos em genealogias, que há uma grande possibilidade de alguns árabes de hoje serem descendentes não somente de Ismael, mas também de Ló.
Descendentes de Esaú
Esaú, da linhagem de Isaque, teve como uma de suas esposas Maalate ou Basemate, irmã de Nebaiote, da linhagem de Ismael (Gn 28.9; 36.3). As “crianças de Isaque” estavam se misturando com as “crianças de Ismael”, nascendo assim outra linhagem genealógica. Com isso, nasce Reuel, que gerou Naate, Zerá, Samá e Mizá (Gn 36.13). Certamente, muitos árabes hoje apresentam suas genealogias oriundas dessa estranha, mas verdadeira fusão.
Outra descendência de Abraão
Depois que Isaque se casou com Rebeca, Gênesis 25 diz que Abraão desposou outra mulher, Quetura, e com ela teve outros filhos. Abraão, já em idade avançada, criou outra família! Todos os filhos de Quetura, eventualmente, tornaram-se chefes das tribos árabes. Uma dessas tribos era Midiã; os midianitas se opuseram ao Israel do profeta Balaão, porém, nem todos os midianitas eram contra os hebreus. Moisés se casou com Zípora, a filha de Jetro (Êx 2.16-22), que também era chamado de sacerdote de Mídia. Jetro reconhecia o Deus verdadeiro e até mesmo deu bons conselhos a Moisés que agradaram a Deus (Êx 18). Os midianistas, certamente, tiveram alguma revelação de Deus por intermédio de seu pai, Abraão.
Portanto, vemos claramente que os árabes em geral, que reivindicam ter Abraão como pai, certamente pertencem à mesma família e estão ligados a Israel.
A revista Veja apresentou uma reportagem em que as várias populações judaicas não apenas são parentes próximas umas das outras, mas também de palestinos, libaneses e sírios. A descoberta significa que todos são originários de uma mesma comunidade ancestral, que viveu no Oriente Médio há quatro mil anos. Em termos genéticos, significa parentesco bem próximo, maior que o existente entre os judeus e a maioria das outras populações. Quatro milênios representam apenas duzentas gerações, tempo muito curto para mudanças genéticas significativas. O resultado da pesquisa é coerente com a versão bíblica de que os árabes e os judeus descendem de um ancestral comum, o patriarca Abraão.
Os árabes de hoje e as bênçãos dadas à descendência de Abraão
Por conveniência, definimos os árabes como o povo que fala o árabe, como língua mãe, e que vive na península arábica e regiões circunvizinhas. Hoje, existem diferentes tipos de etnias dentro da região árabe. Algumas nações se tornaram árabes, pois foram arabizadas, como o Sudão e a Somália. Outras realmente descendem das linhagens dos antepassados. Mas, afinal, os ismaelitas (filhos de Ismael) são os árabes de hoje?
Flávio Josefo, historiador judeu, declara que Ismael é pai da nação árabe, conforme crêem os árabes. Segundo Josefo, não podemos descartar a profecia de Isaías, que diz que os ismaelitas adorarão o Messias.
Raphael Patai, um judeu, declara em seu livro, Semente de Abraão, que o termo “árabe” está contido nas mesmas inscrições com o termo “Quedar”, filho de Ismael, no século 9 a.C., nas epígrafes assírias. Patai também encontrou provas que mostram que os árabes foram sinônimos dos “nabateus”, descendentes de Nebaiote.
Em verdade, o mundo árabe hoje é oriundo de um mosaico de etnias, haja vista as diferentes genealogias formadas no decorrer da história. Talvez, Mahmud, Hassan ou quaisquer outros árabes, sejam descendentes de Ismael, por intermédio da descendência de Nebaiote ou Quedar, ou até mesmo por Ló, ou pela nova família de Abraão com Quetura. Não podemos também descartar a possibilidade de os árabes serem descendentes da fusão entre as crianças de Isaque com as de Ismael ou até mesmo por intermédio de Jotão. Em todas essas possibilidades, encontramos a genética do pai Abraão.
A promessa de Deus a Abraão foi clara e específica: “O seu próprio filho será o seu herdeiro” (Gn 15.4). Mas a grande questão é a seguinte: esta promessa de descendência deve ser entendida em termos raciais ou espirituais?
O apóstolo Paulo esclarece a questão em sua carta aos gálatas: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a seu descendente. A Escritura não diz: E a seus descendentes, como falando de muitos, mas como de um só: E a teu descendente, que é Cristo” (Gl 3.16).
Todas as promessas feitas a Abraão são cumpridas em Jesus. É por meio do maior Filho de Abraão, Jesus, que a bênção falada em Gênesis alcançará os povos do mundo. A linhagem racial se torna minúscula quando sabemos que podemos ser herdeiros de Abraão, ainda que não sejamos árabes ou judeus.
Jesus nasceu no tempo determinado por Deus (Gl 4.4), como o “descendente” de Abraão. A relação que temos com Jesus se torna fator determinante se pertencemos realmente a Deus ou não.
Paulo resume isso definitivamente ao declarar: “Se vocês são de Cristo, são descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gl 3.26,27, 29).
Louvamos a Deus, pois milhares de árabes encontraram Jesus nestes últimos tempos. E na Bíblia, além dos versículos já mencionados, existem muitos outros que nos dão a esperança de que os árabes, eventualmente, serão salvos. Isaías 60.6,7 relata sobre um tempo em que a glória do Senhor será manifestada: “A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e Efá [os descendentes de Abraão por intermédio de Quetura]; todos virão de Sabá [descendentes de Jotão]; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do SENHOR. Todas as ovelhas de Quedar [descendentes de Ismael] se reunirão junto de ti; servir-te-ão os carneiros de Nebaiote; para o meu agrado subirão ao meu altar, e eu tornarei mais gloriosa a casa da minha glória”.
Finalmente, quando olhamos para o Novo Testamento, lá estavam os árabes no dia de Pentecoste (At 2.11). Deus, realmente, quer que sua mensagem alcance os árabes, porque Allahu Mahabba — “Deus é amor”.
Temos de acreditar que Deus salvará os árabes, seja qual for a sua descendência. Que os milhões de árabes possam ser realmente inseridos na descendência espiritual de Abraão, por intermédio de Jesus, e que a igreja evangélica seja capaz de reconhecer e compreender as promessas dirigidas a esse povo.
O nascimento de Ismael
“Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar.
“E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.
“Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.
“E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
“Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti; minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos; o SENHOR julgue entre mim e ti.
“E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face. E o anjo do SENHOR a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur.
“E disse: Agar, serva de Sarai, donde vens, e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai, minha senhora. Então lhe disse o anjo do SENHOR: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos.
“Disse-lhe mais o anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada, por numerosa que será.
“Disse-lhe também o anjo do SENHOR: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto o SENHOR ouviu a tua aflição.
“E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.
“E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?
“Por isso se chama aquele poço de Beer-Laai-Rói; eis que está entre Cades e Berede.
“E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael.
“E era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael” (Gn 16.1-16)


Notas de referência:

1 FROESE, Arno.Conflito em família no Oriente Médio. www.chamada.com.br
2 MCCURRY, Don. Esperança para os muçulmanos. Ed. Descoberta, p.8-23, 1999.
3 SHAMOUN, Sam. Ishmael is not the father of Muhammad. www.answering-islam.org
4 The Arabs in Bible Prophecy. www.chrisadelphia.org/archive/arabs.html
517/5/2000, p. 86.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

AS QUATRO DIMENSÕES DO AMOR DE DEUS






“E peço também que, por meio da fé, Cristo viva em seus corações. E oro para que vocês, com raízes e alicerces profundos no amor, possam compreender bem, junto com todo o povo de Deus, o amor de Cristo em toda a largura, comprimento, altura, e profundidade. Sim, que vocês venham a conhecer o seu amor, ainda que ele não possa ser completamente conhecido,” Ef 3:17-19(BLH).

No sentido humano, amamos os outros enquanto achamos serem dignos do nosso amor. Quando achamos que não são mais dignos, ou quando fazem algo que nos desagrada, tendemos a ignorá-los e esquecê-los. Não é assim que Deus tem agido em relação a nenhum de nós.

Existe uma tremenda diferença entre o amor humano e o divino. Quando Cristo habita em nosso coração, Ele nos chama, coloca-nos e firma-nos em Seu amor, então podemos “compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” do amor divino.

Às vezes podemos achar que captamos algo do amor de Cristo somente para descobrir, com o passar do tempo, que na verdade não conhecemos um centésimo daquilo que deveríamos e poderíamos ter entendido e recebido.

Colombo descobriu a América, mas o que ele sabia sobre o tamanho da terra, dos lagos, rios, florestas, desertos, montanhas, e da grande dimensão de seus vales? Ele morreu sem saber muita coisa sobre aquilo que descobrira. Assim descobrimos algo do amor divino, mas sua altura, largura, comprimento e profundidade continuam além de nossa compreensão.

Quando realmente quisermos conhecer o amor de Cristo, devemos ir ao Calvário. A cruz fala do amor de Deus de maneira eloqüente, visível e inconfundível. No topo da cruz vemos a “altura”, na parte inferior a “profundidade”, nas extremidades dos braços a “largura”. Então poderemos experimentar o significado do “comprimento” do amor de Jesus.

Ali Cristo morreu a minha e a sua morte, para que possamos viver a Sua vida. O Justo pelo injusto, o Fiel pelo infiel, o Santo pelo pecador, o Amor pelo egoísmo.



Escrita entre 60/61 d.C.; Em Roma,; Preso;Tema da carta é: A nova vida dos crentes, judeus e gentios convertidos e agora unidos à Cristo.Efésios 3:17,18. Paulo ora para que eles possam perfeitamente compreender (receber experimentando, não simplesmente compreender intelectualmente, mas discernimento espiritual)
(As 4 extremidades da Cruz) o amor de Deus em toda à sua largura, comprimento, altura e profundidade.Na cruz., Deus demonstrou todo seu amor?
 
01) Na largura da cruz, o amor de Deus atinge a todos indistintamente.
          Marcos 16:15 "… pregai a toda a criatura…"
          Na ordem IDE, este amor nos alcançou. Fomos atingidos pelo amor de Deus.
          E por mais que pessoas se salvem, mais pessoas ainda podem se salvar.     Lucas 14:15-23 .”Judas, (não o traidor) -Senhor, como será possível que o senhor mostre somente a nós e não ao mundo quem o senhor é?” "E ainda há lugar". Lucas 14:22
 
02) No seu comprimento, a cruz atinge todos os tempos.
·           Efésios 1:4 "… antes da fundação do mundo… "
·           Desde a expulsão do Édem até os últimos momentos que antecederem a volta de Jesus, é tempo para se aceitar Jesus como Salvador.
·           2 Pedro 3.9 “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é long-ânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” 
 
03) Na sua altura, a cruz vai até o céu e traz Deus até nós.
·           Filipenses 2:5-8 . Divino e humano.
·           Jesus humanamente suportou a cruz, não lançou mão de recurso divino para se livrar dela.
·           Mateus 26:53 . Tinha exército de anjos, mas não lanço mão disto.
·           A cruz é símbolo de união entre o divino e o humano.
·           Esvaziou-se de sua majestade, para ser o nosso Salvador.
·           Para onde nos levará. Jo 14.1-3.
 
04) Na profundidade da cruz, vemos o sofrimento de Cristo.
·           I Pedro 2.24 . Levando sobre o madeiro.
·           O amor de Deus por nós é mais profundo do que os pregos, cravados em suas mãos.
·           Sofre a dor física., e a espiritual, sem pecado, paga os nossos pecados.
·           Suportou sofrimento infinito para expiar os nossos pecados. Sl 18.5.
Conclusão.
·           O amor de Deus expresso na cruz.
Conhecer seu amor é a essência da maior plenitude de Deus(gr. Pleroma- medida completa,totalidade perfeita, excelência ,sublimidade) fala de mais que uma experiência, se configura em verdade e poder. Nos encaminha a uma verdadeira comunhão ampla com Deus nos fazendo cooparticipante da sua gloria (8x) em todas as bênçãos, recursos e sabedoria de Deus em plenitude e perfeição.   
 
Na largura:                   Atinge todos as pessoas.
No comprimento:          Atinge todos os tempos.
Na altura:                     Traz Cristo até nós.
Profundidade:               Mostra todo o sofrimento de Cristo, por amor à nós. 
 

domingo, 23 de setembro de 2012


PDF

A MAIOR NAÇÃO SEM PÁTRIA

 CURDOS

Descendentes do antigo império medopersa (nação a quem pertenceu o Rei Dario, e ante quem serviu o profeta Daniel) os curdos lutaram muito para possuir seu próprio território como pátria para dar um lar a seus mais de 20 milhões de habitantes que hoje vivem divididos entre a Turquia, Síria, Iraque e Irã. São na maioria muçulmanos, apenas se conhecem crentes entre eles.
Determinar o número exato é impossí­vel. Os governos de seus respectivos paí­ses tendem a subestimar seu número, enquanto que seus movimentos nacionalistas o exageram.
Eles são descendentes dos medopersas mencionados na Bíblia Em 612 a.C. conquistaram Ní­nive, e por sua vez foram conquistados pelos persas em 550 a.C. Alguns antropólogos os identificam com os elamitas mencionados na profecia de Jeremias 49. No século VII d.C., ao se converterem, na sua maioria, ao islamismo.
Os Curdos mais famosos da história foram Dario, o Medo, que reinou na Pérsia no tempo de Daniel, e Saladino, que lutou contra o Rei Ricardo Coração de Leão, nas cruzadas e reconquistou Jerusalém para o islamismo em 1187.
Um povo diferente
Não há dúvida que eles são a maioria mais importante do Oriente Médio. Sua pátria, que eles chamam de Curdistão, não tem limites oficiais, mais se estende desde as montanhas Zagros no Irã até a parte do Iraque, Sí­ria e Turquia Oriental. Uma região montanhosa de 500.000 km2 onde se encontram 100% do petróleo turco e sí­rio, e 74% dos curdos do Iraque (Kirkuk-Mosul) e a metade do iraniano (região de Kermanach). Ao norte se encontra o Monte Ararat (onde desceu a arca de Noé), e os rios Tigre e Eufrates banham a região.
Um povo com lí­ngua própria
A diferença entre á¡rabes e curdos está no fato de que estes ainda não estruturaram a sua lí­ngua e a sua escrita; os mais alfabetizados escrevem em árabe.
O curdo é um idioma indoirani relacionado com o persa. Tem um grande número de dialetos. Em alguns casos é possí­vel o entendimento restrito entre um dialeto e outro, porém na maioria dos casos não o é.
Provavelmente o obstáculo mais grave para a comunicação entre os curdos e com outras nações resida no fato de que o analfabetismo é muito grande (inferior à 10%). Poucos são os que tem oportunidade de ir a escola, geralmente por questões econômicas.
Um povo com crenças próprias
Religião de origem mazdeísta, não obstante os curdos tem sido fiéis seguidores de um provérbio que se aplica a toda a minoria do Oriente Médio: "Mais vale uma raposa em liberdade do que um leão preso". Assim, o povo curdo teve que mudar sua religião para sobreviver. Da mesma forma, mantém antigas crenças em espí­ritos que habitam em cavernas, montanhas e vales.
Um povo com identidade própria
Ainda que originalmente eram nômades, hoje em sua maioria são agricultores. Vivem em pequenos povoados que se destacam por sua estrutura competitiva de clãs e por sua desordem: em algumas ocasiões ganharam a reputação de serem brutos. Os turcos provocaram algumas tribos curdas a unirem-se para o massacre dos armênios até o final do século XIX.
A parte disto, são muito hospitaleiros. Suas mulheres realizam tarefas domésticas, e durante a colheita também trabalham no campo. Em suas festas as esposas tem lugar ao lado de seus maridos, e é permitido que falem. Os curdos normalmente tem uma sã esposa.
Pode-se dizer que sua cultura está baseada no amor. Por exemplo, é bem visto uma jovem deixe seu lar para unir-se ao seu amado, ainda que contra a vontade de seus pais. As mães sempre levam consigo seus bebês, até quando vão realizar trabalhos no campo. É permitido às crianças, desde pequenos, a sentar-se com os adultos e participar de suas conversas, que geralmente são sobre o amor, doenças, ou morte. Os filhos levam o sobrenome do pai, ainda que podem tomar o da mãe se ela é bonita ou de famí­lia muito conhecida.
Preparados para morrer pela sua pátria
Nação sem estado, massacrados pelos turcos, árabes e persas, esquecidos pela ONU, os curdos são na grande maioria analfabetos. Desde o iní­cio deste século, quando se desenvolveu seu nacionalismo, o povo curdo mantém uma guerra de guerrilhas contra as potências ocupantes de seu território. O tratado de Sôvres, firmado em 1920, havia prometido a eles o direito a sua independência depois da queda do império otomano. Mais quando o texto de Sôvres foi substituí­do pelo de Lausane, foi perdida toda esperança.
Não é a primeira vez que as esperanças curdas por obter uma nação própria terminou em desastre. Seus guerrilheiros chamam a si mesmo "peshmerga" (os que enfrentam a  morte), e através dos anos tem sido frustrados seus intentos por aspirar uma nação própria, em terras com governantes que os depreciam.
No Iraque, Saddam Hussein tentou por longo tempo eliminá-los. Quando as forças aliadas na guerra do Golfo, expulsaram o exército iraquiano do Kuwait, centenas de milhares de curdos sem lar se dirigiram ao norte para reclamar suas antigas terras, somente para serem atacados por Saddam e forçados a fugir novamente.
Os problemas no Iraque tem levado o Primeiro Ministro da Turquia a utilizar a palavra curdos, já que até pouco tempo a existência deste grupo humano não era aceita, e eram chamados de turcos das montanhas. Agora, uma nova legislação foi proposta e trarão liberdade limitada para a língua curda permitindo fitas e vídeos em sua lí­ngua, mais não livros.
Morrem sem Cristo
Há muito poucos cristãos no Curdistão, e a maioria deles são nominais. Os missionários que trabalham nesta área tiveram que abandoná-la em 1920 por causa das pressões polí­ticas. Atualmente há uma pequena obra cristã em algumas regiões do Iraque.
Somente existem traduções do evangelho de Lucas e de João, os Provérbios, e o livro de Jonas e alguns episódios da vida do Senhor Jesus Cristo.
Oremos pelos curdos
A forma em que estão se desenvolvendo os atos, poderiam indicar uma resposta a oração de muitos? O evangelismo entre os muçulmanos curdos está severamente restrito e há poucos crentes verdadeiros (não se sabe de mais de 50 em todo o mundo); no entanto, as zonas curdas da Turquia tem a mais alta porcentagem de reposta aos cursos bí­blicos por correspondência.
Podemos enfocar nossas orações a motivos importantes. Esperando que o desenvolvimento polí­tico seja para o bem, clamemos para que os curdos tenham a liberdade de escutar o evangelho em sua própria lí­ngua, e para que haja obreiros que tenham a possibilidade de proclamar as boas novas.
Considerando os projetos de evangelismo que estão em andamento, oremos pelo término da tradução do Novo Testamento a vários dialetos curdos. Para que sejam distribuí­dos os vídeos e as fitas que existem em curdos. Também para que os exilados que vivem na Europa sejam alcançados.

TEXTO DE: PMI BRASIL

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Aquietai-vos e sabei que o Senhor é Deus


Aquietai-vos e sabei que o Senhor é Deus



Leiamos inicialmente o livro de Êxodo 13.17
Vejamos antes de tudo, uma breve contextualização da História de Israel: A Bíblia relata que após a morte de José no Egito levantou-se outro Faraó que não o conhecia, e que não conhecia os seus feitos, nem muito menos, sua família. O novo Faraó sentindo que o povo Hebreu, que habitava o Egito, poderia lhe ser uma ameaça, pois era povo numeroso e crescia rapidamente; podendo se voltar contra o próprio Egito no futuro; decide escravizar o povo Hebreu (Êxodo 1.8-14).
Contudo, a escravidão do povo Hebreu já havia sido predita pelo Senhor a Abraão (Gênesis 15.12-14). Os eruditos da Bíblia dizem que a escravidão já estava determinada, como conseqüência dos pecados do Patriarca. Na ocasião, Abraão desceu com Sara, sua mulher, ao Egito, por causa da fome que assolava a região de Canaã. Chegando ao Egito, e com medo dos habitantes e de Faraó, o patriarca conta uma meia-verdade (= mentira) aos egípcios. Apesar de Sara ser realmente sua meia-irmã; a atitude de Abraão tornou-se repreensível, pois o seu intento era enganar ou ludibriar, e também, fugir das conseqüências de ser esposo da matriarca. A palavra de Deus nos ensina que, nossa palavra deve ser: sim, sim ou não, não; e ainda diz mais: o que passar disto é de procedência maligna (Mateus 5.37). A palavra neste ponto é radical, justamente, para que não deixemos brecha ou dúvida sobre nossa palavra ou nossa conduta.   
A primeira conseqüência da “meia-verdade” é que Faraó toma Sara por mulher, sendo impedido, porém, por Deus de lhe tocar (Gênesis 12.17-19). A segunda conseqüência é a escravidão dos seus descendentes no Egito; provavelmente, como conseqüência (espiritual) da situação gerada pelo pecado de Abraão.
Este fato reflete a verdade de que Deus nos livra ou nos dá força para vencer o pecado, contudo, uma vez que pecamos, Ele não nos livra da conseqüência; não porque não possa, mas, sim porque, o próprio Deus estabeleceu um princípio, uma lei, chamada: “Lei da semeadura”; ou seja, o que o homem plantar, isso colherá (Gálatas 5.6/ 2 Coríntios 9.6).
Pois bem, entremos na mensagem…
Após 430 anos de escravidão, Deus cumpre sua promessa feita a Abraão, que libertaria o seu povo (Gênesis 15.12/ Êxodo 3.6-8). Antes, porém de Deus libertar o povo Hebreu, precisava saber: para onde iriam, por onde iriam e como iriam?
Êxodo 13.17 relata um fato intrigante: Para chegar à grande promessa de Deus, haveria de ter um preparo; não seria de qualquer maneira. O versículo em questão relata que, ao invés de levar pelo caminho mais curto, Deus, fez o povo rodear pelo caminho do mar vermelho, e na mesma passagem, o autor de Êxodo declara a razão disto. Além da razão que declara o texto, nitidamente, podemos observar outra razão: Para se manifestar o grande poder de Deus!
Deus precisava forjar o caráter de um povo que durante 430 anos fora escravo. Tinham a mentalidade de escravos. Deus precisava prepará-los para a guerra que enfrentariam; precisavam tornar-se guerreiros; precisavam aprender mais de Deus.
Os versículos 21 e 22 mostram o cuidado de Deus durante toda a peregrinação do povo.
Pulando para o capítulo 14.1-4 (de Êxodo), vemos uma estratégia nada convencional de acordo com sabedoria humana.
Em suma, a estratégia de Deus declarava que, o povo, uma vez libertos do Egito, deveria rodear pelo caminho do mar vermelho, dando a impressão para os Egípcios e a Faraó, que eles estavam perdidos e confusos. Além disso, Deus pediu para o povo retornar (Cap. 14.1-3) e se acampar não muito distante da vista de faraó; assim, ele seria tentado a persseguir o povo Hebreu.
Muitos não creram, muitos blasfemaram e muitos se desesperaram. Não compreenderam os pensamentos e os caminhos de Deus (Isaías 55.8,9); Talvez, muitos tenham pensado: é loucura! (1 Coríntios 2.14).
O clímax desta situação se encontra quando faraó decide persseguir o povo. O povo por outro lado, sem ter para onde escapar, vai de encontro ao mar vermelho. Parece não ter escapatória! Diante dessa situação, diante da pressão a que foram submetidos, o povo, bem como Moisés levantaram um clamor angustiante a Deus. E o Senhor responde: “aquietai-vos!” e ainda: “… dize aos filhos de Israel que marchem” (Êxodo 14.15).
A História do povo Hebreu, os filhos de Israel, prefigura, em muitos detalhes, a vida de cada Crente . Somos provados; afligidos; preparados para encontrar as promessas; estamos em fase de transição: éramos escravos! Somos livres agora! Muitas vezes, levados ao limite da nossa fé; somos confrontados em nossa sabedoria e sobre o que julgamos ser o certo. Precisamos aprender muito mais de Deus. “Em todas essas coisas, porém, somos mais que vencedores, em Cristo (Romanos 8..37).
Quando Deus nos pede para nos aquietarmos é, primeiro, pelo fato dele não querer que nós atrapalhemos seus planos; pois constantemente nós, tomamos a frente de Deus, e queremos agir ao nosso modo. Segundo, aquietai-vos, pois, muitas vezes, não há nada que possamos fazer. Temos que reconhecer que há situações que fogem ao nosso controle; nessas horas devemos entregar tudo nas mãos do Senhor. Aquietai-vos não quer dizer: fiquemos parados e relaxados! Antes, significa que temos de depositar nossa fé e esperança em Deus, esperando as suas ordens e estratégias para vencer. Crendo sempre, como disse o Apóstolo Paulo: “Graças a Deus, que sempre nos faz triunfar, em Cristo…
A palavra final de Deus para os Hebreus é a mesma que é dada para você, hoje: “Não temais, estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará”.





Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus.

                 
Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus.
Conheço teu medo,
a tua felicidade e os teus sonhos.
Conheço tua estrada
e sei exatamente o teu destino.

Conheço-te por dentro...
E sem que tu tenhas que me pedir,
eu entendo o que tu queres.

Conheço o teu sorriso,
e sei tudo que está dentro do teu coração.
Conheço e te reconheço em qualquer lugar...

Sei do teu amor, da tua saudade,
dos sonhos que movimentam a tua vida
e da esperança que te faz lutar.
Amo-te pelo que tu és, e
para mim, és um ser valioso.

Amo-te, mesmo quando perdes
a confiança em Mim.

Amo-te, mesmo sem saberes...
Acompanho-te desde sempre!
Estou ao teu lado
mesmo quando pensas que Te abandonei...

Vibro em cada minuto da tua felicidade.
Choro com cada lágrima tua.
Sofro com toda a tua dor,
e Te estendo as mãos a todo o momento,
embora muitas vezes teimes em não Me pedires ajuda,
mesmo assim, continuo a te proteger...

Conheço-te
e sei que és muito especial,
como é especial cada filho Meu,
mas cada um com as suas diferenças,
ainda assim o meu Amor é incondicional,
e ele é o maior Amor do mundo


Conheço-te,
porque eu te criei...
“Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus." [Salmo 46-10] 


O Poder da Presença de Deus - Uma Mensagem de Esperança Nestes Tempos de Perigo




Essa mensagem trata do poder supremo da presença de Deus, e de como os Seus filhos podem se apoderar deste poder. As escrituras fornecem infindáveis exemplos de como a presença do Senhor fortalece o Seu povo para viver para Ele. Um dos exemplos mais poderosos é a vida de Moisés.
Moisés estava convencido de que sem a presença de Deus em sua vida seria inútil tentar qualquer coisa; ao falar face à face com o Senhor ele declara ousadamente, “Se a tua presença não vai comigo, não nos faça subir deste lugar” (Êxodo 33:15). Ele estava dizendo, “Senhor, se Tu não estiver conosco, não conseguiremos o nosso objetivo. Não daremos um passo a menos que tenhamos certeza da Tua presença”.
Moisés sabia que era a presença de Deus dentre eles que os diferenciava de todas as outras nações. O mesmo é verdade em relação ao povo de Deus hoje; a única coisa que nos diferencia dos incrédulos é a presença de Deus “conosco”, guiando-nos, levando-nos, operando a Sua vontade em nós e através de nós. A Sua presença afasta o medo e a perplexidade.
A atitude de Moisés era assim, “Nós operamos sob um único princípio. A única maneira de sermos guiados ou governados, de batalharmos e sobrevivermos nos dias atuais é ter a presença de Deus conosco. Quando a Sua presença está em nosso meio ninguém pode nos destruir; mas sem Ele somos frágeis - reduzidos a nada. Que todos os países do mundo confiem em seus poderosos exércitos, em seus carros de ferro e em seus bravos soldados – nós confiaremos na manifesta presença do Senhor”.
Deus respondeu à ousada declaração de Moisés: “A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso” (33:14). Em hebraico a palavra “descanso” aqui quer dizer “confiança confortadora e serena”. Deus estava dizendo, “Não importa que tipo de lutas ou provações enfrente, você sempre estará capacitado para achar descanso calmo e confiante em Mim”.
Veja os seguintes exemplos:
  • A presença de Deus era tão evidente na vida de Abraão, que até os pagãos em torno dele reconheciam as diferenças entre suas vidas e a dele: “Abimeleque e Ficol... disseram a Abraão: Deus é contigo em tudo o que fazes”(Gênesis 21:22). Esse rei pagão estava dizendo, “Tem alguma coisa de diferente em ti, Abraão. Deus está contigo por onde vais”.
  • Deus prometeu a Josué que nenhum inimigo lhe resistiria quando Sua presença estivesse com ele: “Ninguém te poderá resistir todos os dias de tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei. Sê forte e corajoso” (Josué 1:5-6). Quando o Espírito de Deus está presente em nós, podemos ser fortes e corajosos porque confiamos em Sua promessa de ir conosco em todos os nossos caminhos.
  • Deus disse a Gideão, “O Senhor é contigo, homem valente... Vai nessa tua força e livra Israel” (Juízes 6:12,14). A expressão “tua força” refere-se ao verso anterior: “O Senhor é contigo”. Deus está dizendo, “Gideão, há uma força em ti tão poderosa, que ela pode salvar Israel. Essa força é a Minha presença”. Apesar de Gideão se considerar covarde, Deus o chama de “homem valente”. Por que? O Senhor queria provar o que qualquer pessoa pode fazer quando Sua presença está com ela.
  • Deus fala a Isaías da promessa especial que faz àqueles que Ele ama: “Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o Senhor, teu Deus... e eu te amei... Não temas, pois, porque sou contigo” (Isaías 43:1-5 – itálicos meus). Com a paz de Deus habitando em si, você poderá atravessar qualquer incêndio, e não apenas irá sobreviver como também será guardado e protegido o tempo todo.
Esses relatos do Velho Testamento não são apenas letras mortas. Seu objetivo é encorajar-nos a confiar em Deus por Sua presença em nossas próprias vidas. Como Abraão, Josué e os demais, nós também temos um testemunho poderoso do que a presença de Deus tem feito por nós: guiado nossos passos, aberto portas, removido obstáculos, cuidados e temores.
Veja o rei Asa. Esse homem levou o povo de Deus à uma vitória miraculosa contra um exército de um milhão de homens da Etiópia. Mais tarde ele testifica ter sido a presença de Deus que dispersou o inimigo: “Clamou Asa... Senhor, além de ti não há quem possa socorrer numa batalha entre o poderoso e o fraco; ajuda-nos... porque em ti confiamos e no teu nome viemos contra esta multidão... O Senhor feriu os etíopes diante de Asa” (2 Crônicas 14:11-12).
Quando Asa levou seu exército triunfante de volta a Jerusalém o profeta Azarias o encontra à entrada da cidade com essa mensagem: “Ouvi-me, Asa... O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, ele se deixará achar; porém, se o deixardes, vos deixará. Israel esteve por muito tempo sem o verdadeiro Deus... Mas, quando, na sua angústia, eles voltaram ao Senhor, Deus de Israel, e o buscaram, foi por eles achado” (15:2-4).
Eis o segredo de se conseguir e manter a presença de Deus em sua vida. O Senhor relembra a Asa em termos não imprecisos: “Asa, nunca se esqueça de como você conseguiu essa vitória; quando estava com problema, você Me buscou de todo coração e enviei Minha presença a ti. Lembre-se, foi a Minha presença que o levou à vitória”.
Quando não há a presença de Deus, tudo fica fora de ordem - sem lei, sem orientação e sem o ensino do certo. Todo mundo se torna sua própria lei, e faz como quer. É bem o retrato de muitos lares cristãos atualmente: tudo em desordem, sem paz ou descanso, cada um fazendo o que lhe agrada. O Senhor em Sua misericórdia sofre com essa desordem.
Mas não precisa ser assim. As promessas de Deus são imutáveis, e Sua palavra garante, “Pelo resto da vida, se você continuar Me buscando Eu estarei contigo. Quando clamar, serei achado por ti”.
Isso não é algum tipo de teologia complicada. Qualquer um pode ter a presença continuada de Deus se ele ou ela simplesmente O invocar em fé. Recebemos a promessa, “O Senhor... se deixará achar” (15:2). A palavra “achar” em hebraico aqui quer dizer “Sua presença vindo para capacitar, abençoar”. Em outras palavras: “Busque o Senhor de todo o coração, e Ele manifestará a Sua presença. Será o TodoPoderoso capacitando-o para se manter firme e sem medo”.
Quando os israelitas estavam no deserto, Deus manifestava a Sua presença por meio de uma nuvem. Essa nuvem era a manifestação física do compromisso de Deus em ficar com o Seu povo. Ela cobria o tabernáculo dia e noite, e funcionava como guia para qualquer iniciativa; quando a nuvem se movia, eles se moviam, e quando ela parava, eles paravam. O povo nunca teve de tentar descobrir a direção ou o futuro; punham toda a sua confiança naquela visível nuvem da presença de Deus.
Hoje, a nuvem da presença de Deus paira sobre o nosso lugar secreto de oração. Ela espera todos os dias para envolvê-lo em sua paz. Ela o guiará, lhe capacitará e guardará no descanso do Senhor, dando-lhe direcionamentos para o lar, para o trabalho e para seus relacionamentos. E você pode ter comunhão com Deus em qualquer lugar, seja no ônibus indo para o trabalho ou em suas viagens. Você pode desligar todas as demais coisas e dizer, “Senhor, tenho meia hora agora, e quero falar contigo”. Esse será a sua “hora silenciosa” com Ele.
É maravilhoso ter a melhor hora do seu dia junto ao Senhor, edificando uma intimidade de consistência. Ele promete que quando você busca mais intimidade a presença dEle irrompe em sua vida promovendo a ordem divina em todo o seu derredor. Mas algo ainda maior do que isso acontecerá: a busca contínua da presença de Deus lhe levará à uma revelação da glória de Cristo.
Moisés buscou com Deus uma manifestação continuada da presença do Senhor “para que eu te conheça” (Êxodo 33:13). Eis como Deus respondeu ao Seu servo: “A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso” (33:14).
O pedido de Moisés aqui seria o suficiente para a maioria dos cristãos. Quem dentre nós não quer a paz e o descanso prometidos por Deus? O que mais poderia alguém desejar? Mesmo assim, ter a segurança da presença de Deus não foi suficiente para Moisés; ele sabia que havia mais, e clamou, “Rogo-te que me mostres a tua glória” (33:18).
A glória do Senhor não apareceu em alguma nuvem luminosa ou numa demonstração de poder capaz de tremer o chão. Antes, Deus expressou a Sua glória numa revelação simples de Sua natureza: “E, passando o Senhor por diante dele, clamou: Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado” (34:6-7). Você está vendo? A glória de Deus foi uma revelação de Sua bondade, misericórdia, amor e compaixão.
Alguém pode dizer, “Mas e a incrível experiência dos discípulos no monte da Transfiguração? Aquilo não foi manifestação da glória de Deus? Houve uma luz fortíssima e a milagrosa aparição de Moisés e de Elias”.
Naquele incrível momento a glória de Deus não estava em Moisés, Elias ou mesmo na luz espetacular; pelo contrário, a Sua radiante glória estava em Jesus: “E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz... e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mateus 17:2,5-6 – itálicos meus).
Aqui está a glória de Deus personificada em Cristo. Jesus é a revelação de tudo que Deus disse ser a Moisés: benevolente, misericordioso, longânimo, abundante em bondade e verdade, mantenedor de misericórdia para milhares, perdoador da iniquidade e da transgressão do pecado. No monte da Transfiguração Deus revelou um retrato vivo de Sua própria glória. “Tudo está materializado em Meu Filho”.
Já ouvi cristãos dizendo, “Se Deus apenas me desse uma visão dos horrores do inferno, eu nunca O deixaria; eu iria viver para Jesus todos os dias”. Mas uma visão assim nunca conserva alguém. Só uma visão de quem Jesus é – da Sua glória, graça e misericórdia – nos conservará santos. Sei de um homem que estava perto da morte e experimentou exatamente esse tipo de visão do inferno. Mais tarde ele jurou dedicar sua vida a Cristo. Mas em algumas semanas essa visão amedrontadora morreu, e ele voltou a seus caminhos de pecado.
Amado, Deus deseja abrir os nossos olhos para “a riqueza da glória da sua herança nos santos” (Efésios 1:18). Isso quer dizer, simplesmente, que toda a glória revelada a Moisés está incorporada no Filho de Deus. E agora Cristo nos foi dado como herança. “Em Cristo Jesus, nosso Senhor, habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2:9, paráfrase minha).
Acho que encontramos a razão nesse verso: “Ali, virei aos filhos de Israel, para que, por minha glória, sejam santificados” (Êxodo 29:43 – itálicos meus). A palavra “santificados” quer dizer “tornados limpos”. Deus estava dizendo, “Quando você Me adorar, Eu lhe encontrarei e darei a Minha presença; e quando você estiver na Minha presença revelarei a Minha glória a ti. Ela o elevará acima de quaisquer circunstâncias”.
Então, onde podemos encontrar essa revelação de Cristo? A encontramos unicamente quando oramos confiando na Palavra de Deus. Paulo diz que ao permitirmos que as escrituras reflitam a nós uma revelação progressiva de Jesus, somos transformados de glória em glória: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Coríntios 3:18).
Essa revelação da glória de Deus fornecerá um poder guardador para as nossas vidas: “A glória tudo cobrirá e será um abrigo... refúgio” (Isaías 4:5 – itálicos meus). Em outras palavras, a Sua glória conservará nossa mente nas coisas do alto nos piores momentos.
O que Deus está dizendo aqui é que devemos gastar nosso tempo buscando conhecer o Seu Filho; devemos pesquisar a Palavra e nos dedicar diariamente à oração. Então, ao permanecermos em Sua presença, os nossos olhos começarão a se abrir para a Sua glória Está toda revelada em Cristo. Jesus é a revelação completa do Seu amor, graça, misericórdia e terna bondade.
Ao continuamente refletir essa revelação e manter a comunhão com Ele, você se tornará mais e mais como Jesus. E ao ver o quão amoroso e misericordioso Ele é consigo, você confiará nEle mais e mais em relação aos cuidados que Ele tem em meio às suas lutas. A Sua Palavra deixa claro: “Quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele” (2 Crônicas 16:9). Busque-O de todo o seu coração e deseje Sua presença em sua vida diária. Então você conhecerá e experimentará a Sua incrível glória.
Não consigo imaginar como os incrédulos conseguem ter algum tipo de paz ou algo semelhante nesses dias difíceis sem a presença e a segurança de Jesus. Medo e angústia agora pairam sobre a humanidade como nuvem negra. Numa recente reunião entre os homens mais ricos do mundo, um orador disse em tom de agonia: “Todos estamos mergulhados na pior das situações. Nós mesmos a produzimos, e não sabemos como sair dela”.
Agradeço a Deus pela proximidade e intimidade de Jesus nessa hora terrível. Estou carregando todos os meus medos e cuidados ansiosos para o calmo lugar de oração, onde eu simplesmente amo Jesus. Em calma eu O adoro lá, agradecendo e submetendo todas as minhas dores, estresses e cuidados com a família a Ele. Diariamente canto aquele velho hino evangélico: “Se tranque com Deus no lugar secreto, Lá em Sua presença contemplando Sua face, Ganhando novo poder para completar a carreira... Anseio me trancar com Deus”.
Amado, Jesus vai caminhar consigo em meio aos seus problemas. Ele se rejubila em você. Você vai conseguir, querido vencedor. Que Deus o ame e conserve em Sua presença.
 by David Wilkerson


RSS and News widgets by Feedzilla