Três Pregos e um Martelo
Três pregos e um martelo foram suficientes para consumar o
acontecimento mais importante da história da humanidade. Um
acontecimento que, depois de dois mil anos, ainda influi poderosamente
na vida de todas as pessoas, incluindo eu e você.
Imagine-se no princípio do século l da nossa era e procure reconstituir em sua mente a cena que descreverei:
Estamos na Palestina, nos arredores da cidade de Jerusalém. No topo
dum monte sem vegetação estão plantadas três cruzes de madeira rústica.
Ne las agonizam os condenados, contorcendo-se, torturados pelas dores
atrozes que este tipo de suplício produz. O sangue escorre das feridas
abertas nas mãos e nos pés, e embebe a terra árida e quente. O calor é
escaldante; o sol está a pino; o ar, parado. Nem uma leve brisa a
suavizar o fogo da febre que consome os crucificados.
O sofrimento é indescritível. Não pelos pregos, que os ferimentos
não são mortais. Ninguém mor re da crucificação. O que atormenta é a
febre alta, as cãibras violentas, a sede terrível, a posição incó moda, a
gangrena que logo toma conta, e sobretudo a vergonha de ser
transformado em alvo dos olhares duma multidão de curiosos.
Os soldados, terminada a montagem do espetáculo que o governo romano
ordenou para exe cução da sua justiça inflexível, repartem entre si as
roupas retiradas dos condenados, um reforço ao magro soldo que o Império
lhes dá. Em volta, uma multidão barulhenta de homens e mulheres, gente
de todas as idades, naturais da terra e estrangei ros, todos sedentos
de sangue e novidade, deleita-se com os gemidos lancinantes que a cada
instante cortam o espaço.
Embora fossem comuns os espetáculos de cru cificação, castigo que os
romanos inventaram para punir os crimes mais nefandos, este apresenta
uma novidade: além da multidão variada que o pre sencia, estão ali
também as principais autoridades religiosas do país.
E mais estranho ainda é que elas, sempre hostis aos romanos, agora
estão solidárias com os dominadores, apoiando com entusiasmo a morte de
um dos condenados, o do centro. É a ele que se diri gem as atenções de
todos. Alguns olham para eles e enxugam lágrimas quentes e sentidas,
especial mente umas mulheres, entre as quais uma prematuramente
envelhecida, cuja face macilenta revela profunda dor.
Ele mesmo é diferente. Parece suportar com re signação incomum
aquele doloroso suplício. Este, sofrendo atrozmente, mas não protesta
nem blasfema como os outros. Pelo contrário, recebe com paciência os
insultos pesados e a chacota das auto ridades, antes circunspectas e
respeitáveis, agora fazendo uma algazarra que demonstra haverem perdido
todo o respeito próprio. Seu corpo nu apre senta sulcos profundos nas
costas, abertos pelas vigorosas chicotadas que lhe mandaram aplicar; no
rosto, manchas de fortes pancadas; a fronte, salpicada de sangue das
feridas feitas por uma co roa de espinheiro que lhe puseram na cabeça.
Suspenda agora esta leitura, feche os olhos e imagine a cena.
Sinta-a em sua crueza, considere-se um dos seus espectadores.
Imagine-se ali, diante daquelas três cruzes, no meio da multidão.
Quem é aquele condenado? Que crime prati cou? A tabuleta no alto da
cruz explica: “Jesus nazareno, o rei dos judeus”. O comandante da
guarda, ao ver como ele morria, exclamou: “Na verdade, este homem era
justo”.
Se era justo, por que foi crucificado? Se era justo, por que sofreu
tanto? A chave do enigma é um homem chamado Barrabás, que está no meio
da multidão, e contempla com espanto aquela cruz. Barrabás repete para
que todos ouçam: “Ele mor reu em meu lugar. Era eu que devia estar
naquela cruz. Ele morreu por mim”.
Barrabás era um malfeitor e assassino; estava condenado à
crucificação; mesmo assim, quando ia pagar seus crimes, Jesus tomou seu
lugar. Barrabás sou eu. É você. é cada ser humano. “Todos pecaram”,
diz Deus. Eu pequei. Você pe cou. Todos pecaram. E Jesus morreu
pelos peca dores, como eu e você. Ele mesmo disse que ia morrer, que ia
dar a sua vida pelos pecadores. Po deria ter escapado da cruz, mas não
quis, porque nos amou. Por amor a nós ele se esvaziou da gló ria do
céu, tomou a forma humana, viveu entre os homens, e caminhou
voluntariamente para a morte na cruz.
Se ele não morresse, Barrabás teria de morrer. Aquela cruz não ficaria vazia: Jesus ou Barrabás; Jesus ou eu. Jesus ou você.
Talvez você recuse confessar, mas é pecador. E Deus declara que “O
salário do pecado é a mor te”. Morte eterna, isto é, o fogo do inferno,
que existe e não adianta negar. Uma eternidade de so frimento para
quem não quiser ser substituído por Jesus. Ele, que nunca pecou, pôde
sofrer pelo meu pecado, pelo seu pecado, pelo pecado de todos. Por que
Ele era justo. Não tinha culpa própria para precisar sofrer o
respectivo castigo.
Todavia, a morte na cruz em lugar do peca dor não foi o fim de Jesus.
Quando Ele anunciava aos seus seguidores a sua própria morte, sempre
deixava claro que havia de ressuscitar ao terceiro dia. É que Ele era o
próprio Deus em forma hu mana e portanto a morte não o poderia reter.
“Ele ressuscitou!”, foi a boa-nova que começou a circular naquela
manhã ensolarada de domingo e continua a espalhar-se pelo mundo inteiro,
como a maior mensagem de esperança que ouvidos humanos já ouviram. A
vitória de Jesus Cristo sobre a morte foi a nossa vitória também pois,
como diz a Bíblia, Ele morreu “pare que, por sua morte, destruísse
aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse a todos
que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a
vida”.
Foi por isso e para isso que Jesus morreu. Mor reu e ressuscitou. E
agora é você quem escolhe. Reconheça os seus pecados, arrependa-se
deles, re solva abandoná-los, confie na promessa da Bíblia que diz: “O
sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado”, e lhe
acontecerá o mes mo que a Barrabás e a mim: você será salvo da morte
eterna, do inferno, porque Jesus morreu em seu lugar e ressuscitou dos
mortos para fazê-lo vito rioso sobre a morte.
Decida. É uma oportunidade que não deve pas sar. Oferecemos-lhe
todo o nosso apoio, porque estamos prontos a ajudá-lo a mudar
completamente o rumo da sua vida e manter-se vitoriosamente nessa nova
vida. Vida que brota daquela morte que três pregos e um martelo
consumaram. Vida em Cristo.
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